segunda-feira, 6 de junho de 2011

Slayer 2011

(cara, frio!) Quinta-feira, dia 9, Slayer pinta em São Paulo pela, sei lá, terceira ou quarta vez ou mais para tocar no Via Funchal. Um dia antes eles dão um salve em Curitiba, no Curitiba Master Hall.
Estou meio que garantido para ver esses caras pela segunda vez. A primeira, em 1994, no primeiro Monsters of  Rock, comentei uma vez nesse blógue.
Digo, estou numa pilha enorme. Ultimamente tem acontecido muitos shows e, por esse motivo, também tem rolado muitos sacrifícios. O mais recente foi perder Alice Cooper.
Quem me conhece sabe que vou direto em shows. Me divirto neles. Com o tempo, fui cortando baladas e me importando mais em ver uma banda tocar. Estaria eu ficando velho? Acho que ainda não mas, por menos que seja a minha diferença entre o pessoal que sai por ai, fica visível meu desconforto. 
Diferente num show. Neles parecem que eu perco uns anos da idade. No D.R.I. cheguei a falar disso com amigos que também relataram sentir a mesma ideia. Todos na mesma faixa etária que a minha.
Difícil é sentir que muitas das bandas que gostamos demais estão em fase de despedida. Algumas, mais antigas, voltam, mas meus heróis estão quase todos na casa dos 50. Uns morrerão tocando mas outros param e, de qualquer jeito, não serão muito como nos áureos tempos.
Vejo o show do Slayer quase que como uma despedida entre eu e eles. Não sei se voltarão para cá ou se eu irei ao concerto, caso isso aconteça. Quando acesso algumas entrevistas do Araya, basicamente já falam sobre o dia em que aposentarão as guitarras. Mais um ou, máximo, três discos e acabou.
O mesmo talvez para Judas Priest, Testament, Pixies, Sonic Youth, Ozzy, Paul McCartney... Algumas parece que o tempo não quer nem saber de derrubar como Metallica, Motorhead, Iggy Pop, Iron Maiden. 
A primeira despedida que senti foi na turnê Adios Amigos, dos Ramones e a última foi o Faith no More. Ver também MC5, Bad Religion, Sex Pistols, Devo, Joelho de Porco, foi sentir essa mesma sensação.
Mas será assim para todos. O que importa é saber que enquanto você e eles estiverem lá, nada pode parar. Mesmo se o guitarra do Slayer não esteja na banda por causa de problemas de saúde, saberemos que se fosse apenas uma gripe, sua presença seria óbvia.
Por isso, ver o Slayer agora é, para mim, rever eu quando criança. Quando nada era importante.

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