China solta, enfim, Ai Weiwei

A polícia chinesa diz que liberou, após pagamento de fiança e por "bom comportamento", sabe lá o que isso quer dizer, o artista e ativista cultural mais polêmico do país, Ai Weiwei. Diz, porque nem a irmã dele ainda sabe disso ou onde ele está.

Desde abril, Ai Weiwei fora mantido preso em lugar desconhecido pela polícia depois de ser detido no aeroporto de Hong Kong, supostamente por desvio de dinheiro. Tirando a mídia chinesa que apoiava a prisão de Weiwei "por ter ultrapassado a linha vermelha das leis chinesas", como escreveu o Global Times sem dar o nome do autor do comentário, todos apoiavam a libertação do chinês gordinho. Como forma de protesto, grupos de artistas ficaram sentados em cadeiras em frente aos consulados da China em vários países. A história completa - ainda contando o tempo que Weiwei está preso - você pode ler aqui, em inglês.
Um documentário sobre seu trabalho está sendo desenvolvido por Alison Klayman chamado "Ai Weiwei Never Sorry" que você pode ver o teaser abaixo.

Agora, solto, o mundo prestará atenção nos próximos passos que o criador do "Ninho de Pássaro", o Estádio Olímpico chinês dará, principalmente a polícia chinesa.
Infelizmente, no seu sítio é impossível encontrar alguma cousa sobre sua soltura ou seu trabalho. A única frase que dá para se ver é "Você já sentiu que está em um lugar errado alguma vez?" Ah, tem uma mosca também.

Dylan na China

(diz que tem temporal...) King Jong-chol, o "filho afeminado", segundo palavras do próprio pai e líder norte-coreano King Jong-Il, bem que tenta a qualquer custo levar Eric Clapton assim como, oficialmente, o produtor de eventos ou, extra-oficialmente, o sonhador, Jean Baptiste-Kim, sem amostras de que isso aconteça tão cedo, mas a sua vizinha, a China, que é um pouquinho mais aberta ao Ocidente, confirmou a vinda pela primeira vez de Bob Dylan para seu país dia 6 (em Pequin) e 8 (em Xangai) de abril.

Como sempre, foi um trabalho gigante o de trazer o cantor para o país, poucos conseguem a liberação do visto por lá e o últimos foram Whitney Houston e Elton John. A primeira, uma pseudo chata/ pseudo noia que ninguém sabe ao certo o que acontece. O outro, um ex-tudo-o-que-imaginar mas que mantém uma aura de bons shows. Ambos hoje fazem parte dos bonzinhos da América. Não Dylan, o que é impressionante.

É bom para as pessoas. Todos sabem que o rock pode ajudar na formação e abertura de mentes. Tomara que a China, sua parte, digamos atrasada, não saiba muito disso. Vai se os caras mudam de ideia.