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Morreu aos 73 anos a "voz de San Francisco", Scott McKenzie. Desde 2010 ele lutava com uma doença que afetava o sistema nervoso chamada Síndrome de Guillain-Barre.
Quando seu antigo companheiro da banda The Journeymen e então líder da banda The Mamas & The Papas, John Phillips escreveu "San Francisco (Be Sure To Wear Flowers In Your Hair)", era apenas para promover um espetáculo que ele estava organizando, o "Monterey Pop Festival" que simplesmente lançou para o mundo os nomes de Jimi Hendrix, The Who e Janis Joplin, além de ser o embrião para o Festival de Woodstock e daquilo que ficou conhecido como o verão do amor.
A música se tornou um clássico instantâneo na voz de Scott. Diversas bandas e cantores fizeram covers dela ou a colocava em seus shows e em filmes. E quase impossível não reconhecê-la de imediato.
Assim que foi lançado o single, em maio de 1967, ela entrou na Billboard Hot 100 em 4º lugar e assim ficou por quatro semanas consecutivas. Isso sem falar que foi a Nº1 na Inglaterra e em diversos países europeus.
Mesmo com todo esse oba-oba, Scott lançou apenas dois álbuns, sendo o último lançado em 1970. Desencanou e foi viver por uma década nos desertos californianos de Joshua Tree. De qualquer forma ou sabe-se lá porque ficar longe dos palcos, em 1986 ele entrou em turnê como membro do que sobrou do The Mamas & The Papas (lá ficou por 12 anos). Dois anos mais tarde foi co-escritor do single "Kokono" do Beach Boys. Aparecia sempre que podia cantando ou sendo convidado em alguns evento esporadicamente.
Mesmo com as idas e vindas do hospital por conta da doença, Scott mantinha mensagens para os fãs no Facebook. Um dia antes de sua morte ele postou um último poema chamado "A Última Galopada"
"Mas, Oh! Como gostaria de ser um cowboy de verdade,
com um grande Appaloosa esperando para galopar,
comigo sentado em suas costas, para dentro do deserto,
distante de minha preciosa Joshue Tree,
onde os sonhos são feitos, lindos sonhos,
mas nesse momento preciso viajar para dentro do desconhecido.
E eu estarei de volta?
Agora eu digo não, nunca.
Oh, bem, um sonho de um sonho de um sonho num sonho.
Oh, mas os olhos de meu poderoso Appaloosa continuará soltando fogos,
e sua narinas continuarão a queimar enquanto ele transcender do fedor e da pequenez abaixo dele,
metade cavalgando, metade voando em direção ainda não marcada por nenhuma atividade anormal.
AVANTE E PARA CIMA! À TODA VELOCIDADE,
MEU BELO, MAJESTOSO APPALOOSA!
NOS LEVE A REGIÕES ONDE POSSAMOS SONHAR,
SEM SENTIR MEDO ALGUM,
SEM INTERRUPÇÕES E LIVRE PARA SEMPRE DO MEDO."
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