quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sound City: o primeiro documentário sobre um estúdio

Imagem: Google
Sim, tenho quase que absoluta certeza disso. David Grohl prepara um documentário sobre um dos estúdios mais procurados por produtores, músicos, diretores, engenheiros de som, gravadoras, e uma multidão de gente que seja para gravar seus acordes ou seus programas, escolhem o Sound City por toda a acomodação que ela dispõe.
Mas o documentário (veja o trecho aqui) vai pelo lado histórico-musical da coisa. Há um certo carinho dividido por todas as pessoas (Tom Petty, Trent Reznor, Mick Fletwood, Butch Vig e o próprio David Grohl) no pequeno trailer que ficava no estúdio A até o sua compra pelo vocalista do Foo Fighters que é o Neve 8028. Uma enorme mesa valvulada de 60 canais totalmente analógica. Pode-se achar uma injustiça um músico comprar tal monumento e ainda assim querer fazer um documentário, mas o que interessa é o local em si, sua sonoridade, sua história. O Sound City não existe apenas por causa de uma bela mesa de som (apesar de ela custar em torno de 240 mil dólares, quase 490 milhas nossas), mas estamos abertos para qualquer espinafrada no rapaz, ou não.
Se lá muitos dos discos multiplatinados foram gravados ("Nevermind" do Nirvana, "Rage Against the Machine" da banda tal, "Death Magnetic" do Metallica, "After the Gold Rush" do Neil Young e por aí vai), também recebeu outros ilustres como Judas Priest, Queens of the Stone Age, Dio, Kiss, Slayer etc e também foi onde o xarope do Charles Manson gravou os overdubs de seu disco "Lie: The Love and Terror Cult". Isso um ano antes do assassinato da mulher de Roman Polanski, Sharon Tate.
Nunca pensei sobre os estúdios que cheguei um dia a gravar. Talvez porque poucos eram dignos da coisa, mas lembro de um que adorava ir mais pela amizade com o dono do que do equipamento bem precário, mas suficiente para os ensaios, o antigo Estúdio Móvel, que ficava na altura do nº600 da Coronel Diogo, aqui em São Paulo. Hoje o local é uma lojinha de materiais de construção.

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