quarta-feira, 6 de junho de 2012

Documentário de Ozzy é meia boca

Ontem, no Festival In-Edit Brasil, no Cine Livraria Cultura, passou "God Bless Ozzy Osbourne". Ligou um amigo perguntando se eu não queria ir. "Bem, vamos". 
Antes, dei uma passada no site para ver o que tinha a mais sobre a noite de ontem. Vi que antes passaria um outro documentário que estava mesmo doido para ver, o "Kinkdom Come: Dave Davies", sobre os irmãos da banda The Kinks. Lógico que iria nesse até saber que tinha que pagar 10 maravilhosos dinheiros. Não estava com essa bola toda, então, veremos Ozzy.
Aqui vale um porque da minha escolha: "Kinkdom Come" foi dirigido por Julien Temple. O mesmo cara que fez petardos como "O Lixo e a Fúria" (The Filthy and the Fury - 2000), "The Great Rock and Roll Swindle" (1980) e outros documentários de grande importância para quem gosta de música.
Já "God Bless Ozzy", foi produzido pelo filho de Ozzy, Jack (Já pinguei alguma coisa por aqui sobre esse documentário aqui). O que, perigosamente, pode ser meio subjetivo e piegas. 
Aqui começa o spoiler. Pra quem não sabe, é a partir daqui que revelo partes do documentário. Se quer assistir o negócio sem saber de nada, no branco, pare aqui.
Não parou? Ok, de primeira digo, o documentário é bacana até a metade, de quando as doideras, o Sabbath, as risadas rolam soltas. Muita coisa vinda do livro "Eu Sou Ozzy" e várias imagens e trechos inéditos. Tem algumas falhas e clichês ao longo do documentário. Algumas imagens se repetem (como se não houvessem tantas imagens do madman) e a ida de Ozzy para a cidade e onde morou quando criança já está bem batido
Mas o filme é, na verdade, uma ode ao homem John Michael Osbourne, que depois de muita chapação, resolveu parar com  a bebedeira definitivamente depois de uma enorme conversa com sua família, principalmente com Jack, que está limpo há um tempo. Entenderam a sacada? O filme foi feito pelo filho para agradecer o pai que nunca teve: próximo, acolhedor e sóbrio.
Isso tudo é muito bonito mas boa parte da metade para frente do documentário é sobre isso. A família reclamando do cara ausente e chapado. A vida é bela e meio boba.
Nada contra a escolha de Ozzy. Cada um faz o que bem entender de sua preciosa vida, mas aguentar lamúria e aquele final feliz é de dar dor de cabeça. Chato, modorrento, infantilóide. Como não faço parte da família dele, prefiro o Ozzy do início do filme.
Pode haver alguém que me fale: "você fala isso porque não aconteceu na sua família." Espera aí, o que você sabe da minha família? Nada e vai continuar dessa forma porque, dependendo de mim, não vou expor essas coisas num filme.
Não achei grande coisa mesmo mas e a Kelly? Como anda essa gracinha?

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