quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Truman Capote. Um figura

(cinza mas parecendo que esquentará) Truman Capote é um daqueles figuras que são lembrados mais por detalhes de sua vida do que exatamente sobre o que escreveu, apesar de ter feito o poderoso "À Sangue Frio" (livro espantoso e obrigatório para estudantes, professores e jornalistas e para quem se interessar) e "Breakfast at Tiffanys", conhecido aqui com o estúpido nome de "Bonequinha de Luxo". Há um ótimo e recente filme sobre a preparação de "À Sangue Frio" no filme "Capote" (2005) que rendeu o Oscar de melhor ator para Plilip Seymour Hoffman e "Confidencial" (Infamous, 2006).
Tudo bem, ele escreveu outros contos, novelas, ficções que apareceram nos cinemas mas nenhum superou esses trabalhos. Posso estar enganado, mas a depressão, o abuso de álcool e drogas e, por consequência, sua morte, talvez sejam relacionadas ao fato de que ele nunca mais se superou como escritor. Ainda mais um cara que antes de entrar na escola já lia e escrevia diariamente.
Truman era um cara popular por causa de sua excentricidade, sua voz incomum e por causa dos livros falados acima. Ganhou a confiança de muita gente da alta sociedade e de lá, convites para os mais diversos encontros.
Num desses, foi convidado pela revista Rolling Stone para acompanhar e fazer artigos sobre a famosa turnê dos Rolling Stones de 1972, a Stones Touring Party. Bom dizer que ele levou sua amiga e irmã mais nova de Jaqueline Kennedy Onassis, Lee Radziwill. Por algum motivo ele recusou de escrever qualquer cousa, talvez uma confusão com Keith Richards ou os membros da banda são motivos dessa recusa. No livro "Vida" de Keith há uma parte que diz: "Tivemos aborrecimentos com Truman Capote (...). (Ele) disse alguma coisa vulgar e pesada nos bastidores, estava sendo um velho chato. Foi só um comentário bichento e sarcástico..." Claro que o guitarrista berrou e esmurrou a porta de Truman ameaçando sua vida. Vai saber.
Entre suas excentricidades há o curioso caso de que sempre que entrava nas adegas, perguntava ao vendedor se havia o scotch "Justerini and Brooks" na loja. Pouca gente sabe que essa bebida é a mundialmente conhecida J&B, então, mesmo que o vendedor tivesse em seu estoque mas não reconhecesse o nome, Capote ia embora.
Morreu nesse dia, em 1984, de câncer no fígado.

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