quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sepultura e o novo Kairos

(um dia bonito mas que pusta frio!) Pois é. Acabei de ver a matéria do UOL sobre o lançamento do 12º álbum do Sepultura chamado de "Kairos" (está lá " na mitologia grega, significa 'momento certo, oportuno'"). O disco mesmo sai no final de junho, é produzido por Roy Z pelo selo Nuclear Blast.
Diz Andreas Kisser que o álbum é uma celebração do que o grupo é hoje, que o público é injusto com a banda, que estão cansados de ouvir neguinho dizendo que esse Sepultura é fake e que muita gente fala mal da banda sem dar cara a tapa, que falam sobre suas famílias e os shows.
Sou grande fã da banda mas odeio choradeira. Como assim cansados de gente maldizendo o Sepultura? Ué, quando você chega num certo ponto da fama, você deve estar preparado a tudo. Desde quando o Sepultura está acima do bem e do mal?
Rubens Barrichello tem uma mania muito feia que é a de falar bobagem quando não deve. Pra piorar, tudo que ele fala volta pior.
Não tem que reclamar. Quanto mais chorar a ingratidão alheia, mais será escorraçado. É assim que funciona a lei da avacalhação. Bullying o escambau! isso é o preço do reconhecimento.
Não tem que esconder que desde, pelo menos, o disco "Roorback", de 2003, que a banda vem perdendo as forças. Não há mais novidade no front e as batucadas não impressionam ninguém. O Sepultura toca Sepultura. Para uns é ótimo, comercialmente é mais um disco de uma banda conhecida, como o Iron Maiden. Paulo, Andreas e o grupo podem, se quiser, arriscar musicalmente porque poder para isso eles têm, mas preferem dar desculpas e falar que "oh, ainda somos os mesmos". Não quero saber disso. Cadê aquelas músicas monstro? Cadê os filhotes de Dead Embryonic Cells, de Sepulnation? Quer lamuriar, lance um livro, oras! Aliás, os dois últimos já eram baseados em livros como "A Divina Comédia" e "Laranja Mecânica". Já estava achando que o próximo seria "1984". De som tribal, para livros, para auto-ajuda... dispenso.
Qualquer um que me conhece sabe que uma das minhas bandas nacionais preferidas é o Sepultura e isso não vai rebaixá-los. Vejam, não estou falando do disco novo, estou falando do que se trata as ideias colocadas nele. Como aquele complexo de vira-lata contra gente que, aposto, não tem um álbum sequer na estante.
Não adianta. O fator Cavalera não só foi como ainda o é um agravante e marca da banda que deixou feridos ambos os lados. É necessário o Sepultura fazer algo aquém do esperado porque os discos do Cavalera Conspiracy deixaram neguinho com cara de bobo tamanha força que tem e não usam nada de extravagante, é apenas o peso e aquele tesão de fazer algo não para eles mesmos (família, fãs cuzões etc) mas para o público pirar.
Isso é atitude e espero, com muita esperança, o mesmo de meus heróis.

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