terça-feira, 16 de novembro de 2010

Norah Jones: a luta

(chove chuva) E domingão não choveu no show de Norah Jones no Parque da Independência. Para sorte daqueles que haviam se prevenido, era proibido a entrada de guarda-chuvas. Meia sorte porque, no final do show era visível um punhado de guarda-chuvas deixados no chão para quem quisesse pegar e sem ser necessariamente o dono.
O negócio começou às 16:00 com a abertura de Jesse Harris, o cara que compôs "Don't Know Why", que lançou Norah internacionalmente. Foi quase uma hora de som até a preparação da entrada da cantora principal.
São mais de 17:00 e aparece uma moça bonitinha, de vestido vermelho, é Norah.
A primeira música, "I Wouldn't Need You", do recente disco "The Fall" dá o tom do show. São milhares de pessoas (18 mil, de acordo com a PM) esperando esse início.
Da primeira parte do show, com canções mais recentes para as mais antigas e algumas covers como a de Johnny Cash ("Cry, Cry, Cry") e Tom Waits ("The Long Way Home").
Foi um bom clima, tanto falando do tempo quanto das pessoas que ali estavam. A chuva não apareceu e o show assim foi até seu bis e a despedida de Norah do palco em São Paulo. Ainda toca em alguns lugares brasileiros como hoje, no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro e quinta no Teatro Bourbon Country, em Porto Alegre.

Colocamos o ponto. Freia a mensagem e o autor revela a verdade. A matéria acima teve como fonte o sítio Ùltimo Segundo. A verdadeira matéria é essa abaixo.

E domingão não choveu no show de Norah Jones no Parque da Independência. Para sorte daqueles que haviam se prevenido, era proibido a entrada de guarda-chuvas. Meia sorte porque, no final do show era visível um punhado de guarda-chuvas deixados no chão para quem quisesse pegar e sem ser necessariamente o dono.
São 16:00 e ainda estou no buteco esperando um pessoal que vai junto. Sumpaulo meio que está vazia por causa do feriado. Poucas pessoas vagam nas ruas, mas há um certo movimento para uma certa direção: a do Parque da Independência.
Fico encanado de tomar chuva, mas dou um "que seja" e deixo a mochila guardada com o guarda-chuva , blusa extra e capa de chuva dentro dela. Quem me conhece sabe que não largo a mochila.
O primeiro baque do dia é ver o tamanho da fila que se formou para ver o show. Muita gente, muita mesmo. Do lado de fora, o pessoal vende cerveja Itaipava por 3, 4 pilas. Pego uma, bebo e entro.
Sim! Entro. Nada de fila, nada de nada. Atravessamos o mar de gente próximo da entrada aos berros de "tá furando fila", "aê, espertão" e outros meio baixos. Não falo nada e nem reclamo, afinal não fiquei mais de dois minutos na "fila". Não quis dar uma de esperto, mas quem nunca se pegou fazendo cousas incomuns em seu dia-a-dia? Um dane-se sonoro? Na real foi meio que um impulso coletivo de quem estava comigo, talvez o nervo de ver a fila tenha aflorado impulsos de revolta, uma súbita vontade de ignorar o absurdo de descer e procurar o início da bicha. Que me perdoem as pessoas que ficaram sei lá quanto tempo esperando a vez de entrar, mas essa foi a verdade.
Havia lá na entrada um policial que alertava quem entrava: "não podem entrar com guarda-chuva, latinha, material perfurante... cara feia também não entra!" Eu sabia que policiais também tinham humor!
E entramos e Norah já está tocando e... catzo!... quanta gente!! Onde conseguiremos assistir ao show?
Geralmente, o Parque suporta uma grande quantidade de pessoas e o seu suave declive ajuda a ter uma visão legal do palco, mas de longe. Nesse dia havia gente demais e olha que já vi Buddy Guy, Mutantes, Chico Science, Tom Zé e outras cousas mas nunca tinha me deparado com tanta gente. Pelo menos é o que me lembro.
Fomos para o lado direito de quem via o palco, na lateral onde tem a parte verde. E vai ziguezague pelas paredes humanas com trombadas e pedidos de desculpas. Paramos próximo à Casa do Grito no melhor lugar para não se ver absolutamente NADA. Ficaram por lá alegando "cansaço" e que, por causa das copas das árvores, naquele lugar, "a acústica era perfeita". Ótimo para quem quer ouvir, péssimo para quem quer ver. Foi daí que ouvi Norah perguntando se alguém conhecia Johnny Cash. Num certo momento escuto aquele barulho conhecido de estouro de uma das caixas, aquele som estranho e distorcido.
Fui ficando meio cansado daquele lugar e resolvo ir para um daqueles banheiros químicos que estava um pouco mais afastados. Mais ziguezague e desculpas por pisar em pés e ombros alheios, mas agora eu vejo Norah.
A distância que estou do palco pode ser entendida imaginando a tela de um celular. O tamanho da tela era o tamanho que eu via o telão. Estava mais perto da saída do que de Norah.
E o show vai chegando ao fim. Espera-se mais um pouco para ver se vira um bis. Acontece mas outro problema aparece: o som sumiu. Parece que as caixas mais afastadas do palco foram ou desligadas ou ficaram com algum mal contato. Do palco via-se ela e seu pessoal cantando próximos. Um ruído quase surdo deles tocando alguma cousa que eu não pude definir o que era.
E assim foi a versão original e definitiva do meu testemunho e um alerta para o cuidado que deve se ter ao escrever, principalmente se a intenção é copiar criminalmente uma matéria e sem dar o nome da fonte, o que já é uma sacanagem para o próprio intelecto de quem o faz.
Avaliação do show: bom. Avaliação do avaliador: péssimo.

Foto: Dolores Orosco/G1

2 comentários:

  1. O show foi bom, mas não entendi o porque de não deixarem entrar com guarda-chuva, já que havia gente lá dentro com skate, garrafa de vinho, maconha, cachorro... Um guarda-chuva não faria diferença, não?

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  2. Concordo com você, apesar de que tudo o que você viu acima eu só tenha visto um rapaz com uma latinha de cerveja.
    Posso estar errado mas a proibição do guarda-chuva talvez se deva à visão alheia que ela interfere e atrapalha. Imagine assistir um show com um punhado de guarda-chuvas abertos. Ponto de ônibus já é triste.
    A outra possibilidade é seu uso como "arma", uma esgrima meia-boca que pode sim ferir.
    Não tinha reparado mas em diversos shows, como o de Paul McCartney agora, guarda-chuvas não são bem vindos. O negócio é levar capa de chuva.

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