Desculpem o que vou dizer mas Yoko Ono...

(dia bonito e escurecendo esfria) ... não me desce, aliás, ninguém que se contradiz a toda hora merece meus respeitos, desculpem-me.

Depois do dia do perdão, agora, na galeria de arte Haunch Of Venison, em Berlim, começou a exposição "Das Gift" da japonesa que detonou os Beatles mas não os Rolling Stones. Nessa nova empreitada (que não é tão nova assim) ela diz que "gostaria de chamar a consciência toda a violência que vem acontecendo ao redor do mundo. Gostaria que todos que vierem visitar a exposição que trouxessem algo de sua própria experiência com a violência: uma foto ou um texto que será colocado no muro da galeria."

Um dos trabalhos da galeria se chama "HOLE" que é um buraco num vidro feito por uma bala. Perto há um negócio escrito "vá para o outro lado do vidro e veja através do buraco" para "encorajar as pessoas a ver pela mesma perspectiva do agressor e da vítima".

Na boa. Por que ela não coloca a imagem de Mark Chapman atirando?

Sabem, não quero defender alguém que matou uma pessoa, independente de quem ela for. O que não me agrada é essa falsa mensagem de paz e de perdão que ela propaga sendo que tem alguém que espera seu perdão. Ela alega que ele, Mark Chapman, pode ser perigoso para ela, seus filhos e para ele mesmo. Oras, quero acreditar que ela anda por aí sozinha e sem seguranças por perto como nos tempos do prédio Dakota e, se é perigoso para ele mesmo, ele que se cuide.

O que não aceito e nunca aceitei é esse falso moralismo e a frase mais estúpida já inventada que é a "faça o que falo mas não o que faço".

Ahhh dá um tempo! É a mesma cousa de fazer da forma errada porque sempre te um "jeitinho brasileiro" de ser agir.