quarta-feira, 14 de julho de 2010

Resenha idiota

(chove o dia todo) Assisti um filme que não se tem categoria para definir o exagero do blockbuster dele: 2012
2012... o que poderei falar é que, de boa, o que se pode imaginar dum diretor que tem no currículo só filmes catástrofe? Destruição, morte, fogo e de que o fim está próximo.
Só falo desse filme pela semelhança que há com outros do mesmo naipe. Numa outra questão, talvez 2012 seja um filme feito para acertar seus erros passados. Um conserto de outro trabalho malhado por algo inesperado. Uma visão um pouco pequena para o tamanho do tipo de filme que ele mexe. Um "desculpe, eu não tinha internet naquela época e não sabia mexer no gúgol".
Vamos lá. Cena 1: escapando dentro de uma limo. (o nome dos atores foram mudados para seus personagens)
Jackson, Kate, Gordon, Noah e Lilly estão dentro da limo atravessando um bairro em pleno caos. A fuga é acelerada e tudo passa raspando. Tudo não! um prédio vem desabando lateralmente e, dessa vez, não passarão raspando.
O prédio cai e começa a cena de gritarias e absurdos ótimos para se ver comendo pipoca com guaraná. Atravessam o prédio por dentro dele o que vem em mente? Outro blockbuster, oras!
Em 1996, Jan de Bont (Velocidade Máxima, A Casa Amaldiçoada, Tomb Raider: A Origem da Vida) dirigiu o filme Twister que mostrava a peleja de dois grupos caçadores de furacões e, lógico, aqueles que não tinham nenhuma ou pouca tecnologia vencia e ganhava a menina de prêmio. Grande filme.
A semelhança entre Velocidade Máxima e 2012 e justamente a corrida contra a natureza selvagem antes que ela se encarregue de acabar com o filme no início. Numa picape à toda, Bill e Jo Harding tentam escapar do furacão/tufão/ciclone. Tudo voa na janela deles, de repente, uma vaca voadora muge. Nada demais. Em 2012 pessoas morrem. Até que, certo momento olha o qe vem na frente do casal: uma casa! Sabe, essas pré-fabricadas? Pois é, eles atravessam a casa por dentro dela e... ufa, o filme continua para o bem ou para o mal.
Me vem na cabeça a ideia de que Roland Emmerich quis fazer uma homenagem para de Bont a intenção mais estúpida de se conseguir viver uma tragédia anunciada e inexorável e safar. No final tudo é a mesma bizarrice. Poderia deixar a vaca espatifar no vidro da picape, assim como poderia cair um muro e decepar no meio a limo que iria ficar "menos" forçado.
Realmente o filme é até bacana e com bons efeitos. O que parece é que qualquer filme com uma cacetada de efeitos é bom mas não é assim. Tem que parecer real, não como o 300. Adoro coisas ruindo, imagina então o planeta! Com toda a certeza, faria o mesmo que fez Charlie Frost, mas doidaço e com as calças cagadas.
Agora vem a outra parte que estava doido para falar: sessão "o passado me persegue".
Emmerich dirigiu Universal Soldier, Stargate, Godzilla, O Dia Depois de Amanhã e... Independence Day.
Independence Day, causou um certo clima ruim em 96 ao mostrar para o mundo que numa invasão de alienígenas ou de terroristas é só contar com a patriotada americana que eles dão um jeito e que, se deixar na mão de outro país, a melhor coisa a se fazer é ajoelhar e rezar. Não basta apenas o nome e a data de lançamento (4 de julho). Os caras precisam apavorar. São líderes mundiais, donos da verdade e de tudo. Só perdem para Caetano Veloso que de tudo inventou.
Nessa nova versão não adiantou apenas Carl Anheuser achar-se o dono da cocada preta ou as palavras de estímulo, de perseverança e de união proferidas pelo pseudo-profeta Adrian Helmsley. Ou todo mundo apoiava ou não. Democracia é por aí.
Está "meio" salvo Emmerich, que queria por a mão em Transformers, 007 Um Novo Dia Para Morrer, quase foi considerado para dirigir Homem Aranha e, chorem, mortais, está produzindo Independence Day 2 e 3!!!
Haja catástrofe!

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