sábado, 16 de maio de 2009

A saga da cachaça - Parte "dôs"

Então, chegou o dia da apresentação. Sexta- feira, 10:30

Antes, verificamos nossos concorrentes. São fortes e, pudera, passaram na peneira da Intercom.

Quando saímos do albergue com coisa de quase duas horas de antecedência, fomo ver como chegar para a faculdade. Sabia que era próximo mas não sabia qual caminho percorrer.

Havia lá, perto da praia de Botafogo um baita prédio comercial com vidros espelhados, gigantes e francês. Sim! Francês já que havia no topo o nome do grupo PSA (Renault) - Peugeot - Citroën. Pedimos informações para um cara que nos disse para passarmos por baixo de uma ponte lá perto e que haveria uma escadaria. Mas ressaltou "fique esperto por causa dos assaltantes" naquele jeito carioca.

Pô, tem mais essa pra se preocupar? Oras, vamos nessa. Não aconteceu nada, claro, e logo achamos a escadaria. Mais uma grande reta e logo chegaríamos. Reparei que no trânsito havia poucas motos. Boa maioria era "aquelas" motos!

Sol forte no Rio. Chegamos na Universidade Federal do Rio de Janeiro , faculdade com quase 100 anos de existência. Pegamos nossos crachás, os presentinhos (uma bolsa com CD, horário das apresentações e sobre a Intercom - Expocom) mais um mapa para a gente não se perder lá dentro. Parece engraçado mas é sério pacas, tanto é que foi bem utilizado.

Enfim, o local estava cheio de gente. Não havia espaço onde rolava as apresentações nem na porta. A professora nos viu, perguntou novamente se tinhamos alguma coisa para mostrar e, novamente eu disse "só nosso corpinho". Ela lamentava, as meninas que estudavam com a gente e que falariam sobre o TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) também porque prepararam três cadernos e DVD's sobre o tema e, lá havia quatro julgadores.

Sabe como é. A coisa foi ficando pesada para nós. A responsabilidade era grande, até que o Rodrigo, meu comparsa, deu a ideia de procurar com algum organizador nosso DVD que entregamos para ser visto. Vai de um lado, vai de outro, chegamos num anexo ao lado do laboratório de rádio e tv. Falamos sobre o que procurávamos e apareceu uma pilha de trabalhos. Todo mundo ajudando e, nada. Nem sinal. Até que um cara, professor meio gringo mas carioca por escolha nos deu uma série de ideias.

- Passem o trabalho no YouTube e fica tudo bem
- Não tem como. A única pessoa que está em casa vai ter dificuldades absurdas de entender todo o processo.
- Hmm, o trabalho de vocês era para estar aqui já que foram chamados. Isso abre uma brecha para mudar a situação. Tem como trazer via Sedex?
- Isso tem.
- Então é o seguinte. Vou avisar ao pessoal que sua apresentação foi remarcada para amanhã às 13:00. Mas tem que conseguir, senão vão ter que apresentar sem nada.
- Beleza. Vamos correndo agora para o albergue, pegaremos o endereço certinho e esperamos chegar o trabalho. Não sabemos como agradecer essa ajuda.
- Fique peixe. Nós, aqui da organização, procuramos facilitar ao máximo e sanar todo o problema que haver com os grupos. Relaxem, vocês estão no Rio de Janeiro, valeu?
- Valeu.

Disparamos de volta ao albergue, pegamos o endereço, e agora era só esperar amanhã nosso DVD. Foi bom isso acontecer porque o trabalho entregue foi feito de acordo com as especificações pedidas e isso fez perder violentamente a qualidade do vídeo.

Falei para meu comparsa: "Cara, vamos pegar então o dia de hoje para pensar só e apenas na apresentação que nem isso fizemos. Vamos tomar umas brejas e trabalhar isso."

Na saída do albergue fiquei esperando o comparsa e aproveitei para conversar com dois caras que estavam lá fora também. Um devia ser parente do pessoal do albergue que pediu meu celular para tentar liberar o código dele. "Não vai gastar nada. É ligação de graça." O outro era um grandão, meio na dele e fumava um L&M.

- Você veio para a Intercom? - falei.
- Vim. De onde você vem.
- São Paulo. E você?
- Botucatu.
- Ah, a cidade do Felipe Massa!

André era seu nome. Jornalista da cidade, estava na Intercom pela necessidade pedida para a sua graduação. Quer ser professor. Um cara simples do interior com ideias e jeitos e ironias parecidos com a nossa.

Apareceu o Rodrigo para a conversa. Convidamos ele para tomar umas com a gente. A conversa se estendeu como também os pedidos de cerveja. Chegou uma hora que de tanto falarmos "obrigado" para a moça que nos servia, decidimos apenas bater os dedos na mesa. No começo apareceu um camarada nosso da faculdade que ficou pouco por lá, depois, à noite, um amigo carioca do comparsa.

Foram mais de uma caixa de cerveja, um baratinho para relaxar e, no fim, pensamos e falamos sobre tudo.
(esq. para dir.: amigo do comparsa, comparsa e André)

Menos sobre nossa apresentação.

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