Gastronomia & História por Lemmy Kilmister

Lemmy anda com tudo: disco do Motörhead novo na praça, documentário sobre sua vida, dois shows marcados no Brasil sendo um solo e outro em companhia de Metallica, Slipknot, Sepultura em outras no Rock In Rio. Tudo para um bom ano de 2010 e 2011.

Agora ele foi entrevistado pelo Guardian/The Observer na página "Life On A Plate" (algo como "Vida Num Prato") que comenta sobre a gastronomia pessoal de cada pessoa.

Algumas pérolas de Lemmy: "Não como vegetais. Como batatas e feijões verdes e é isso. Não me importo se você come 200 alcachofras, você não vai mais querer no final de uma turnê. Ervilhas eu gosto. Couve-de-bruxelas é desagradável. Não como nada com cebolas e tal. Eu as odeio - eu e Ringo Starr temos isso em comum."

"Quando eu vivia em Heaton Moor Lane, em Stockport, no início dos anos 60, devia haver umas 35 pessoas vivendo juntas num mesmo quarto, então era um pouco complicado. A dieta básica consistia em creme de arroz. Só fazer dois furos numa lata feitas com um velho abridor de garrafa e era sugar aquela Ambrósia para fora, sem problema."

"Desenvolvi um paladar por comida fria. Eu não podia pagar pelo serviço de quarto então comecei a roubar comida que restava nas bandejas. Espaguete frio, batatas frias, bife frio. Pizza fria com bastante sal é o café da manhã perfeito."

"O que me faz seguir adiante são alguns biscoitos, uns bolos, um prato de carne, um de queijo, alguns cigarros e um pouco de 'JDs'. Digo uma coisa, não sou completamente fixado em Jack Daniel's. É que esse é o único que tem uma melhor distribuição ao redor do mundo. Num ponto eu bebia principalmente Southern Comfort misturado com Special Brew. O que é que eu tinha?"

Imagem: Matt Groening

Lennon: 30 anos sem o hippie mais famoso do mundo

Não queria falar sobre isso. Já disse que não vejo muito sentido em celebrar a morte de alguém. Aquele negócio de "se estivesse vivo hoje, faria 'X' anos" também, mas gostamos de cultuar a morte e os mortos. Gostamos de sofrer as perdas. Falta um pouco de soma na cabeça.

Mas entre um monte de gente famosa comentando essa data, escolhi o mestre Lemmy Kilmister.

Em entrevista para o NME, ele diz que Lennon era o "babaca da banda"! Uhuuuu!!

É isso aí!! Mas deixa o líder do Motörhead explicar antes que achincalhem-o. "Os Beatles eram sólidos. Mudaram o mundo. Aquela geração, incluindo eu, acreditam genuinamente que poderíamos fazer um mundo melhor e falhamos porque o mundo é cheio de merdas."

Os Beatles com suas letras, principalmente as de Lennon, iludiram, desapontaram o jovem Lemmy. Lemmy deveria ter chorado quando descobriu a verdade e, talvez é por isso que ele é o que é hoje.

Obrigado, John Lennon!

Abaixo, a entrevista e, se não pegar é só clicar no link do NME.

Lemmy: O Filme

(Ainda não sai da sala) Mais novidade para quem gosta de história e rock'n'roll. Os diretores Greg Olliver e Wes Orshoski trazem para as telas "Lemmy: The Movie" ou "Lemmy: 49% Motherfu^^ker, 51% Son Of A Bitch" (como no poster ao lado). A história de uma das maiores figuras e a que melhor representa a cultura, a velocidade e o barulho, sr. Lemmy Kilmister, vocalista do Motörhead.

De acordo com a chamada e das costumeiras cinebiografias, o longa mostra desde a infância de Lemmy, a primaira grande banda, o Hawkwind, a chegada ao Motorhead e mais uma pá de puxa-sacos como Slash, Alice Cooper, David Grohl, Kirk Hammet, Mick Jones, Captain Sensible e outros para contar um pouco sobre o que sabem ou viram sobre esse doido de pedra.

Este é possivelmente um daqueles grandes tributos/documentários para se ver. Um cara que já passou por várias boas na vida, um junkie velho, colecionador de peças nazistas e sem ser simpatizante (é tudo valor estético), dono da banda mais barulhenta do mundo, os vários mitos em torno da figura e tudo gravado em 16mm e HD. Tem quem ache estranho. Eu acho normal. Estou dizendo o uso de câmeras diferentes, não Lemmy.