Michael Davis, baixista de uma das bandas mais importantes da era pré-punk estadunidense, o MC5, morreu aos 68 depois de um mês internado com problemas no fígado.
Depois de abandonar a escola de artes, Michael entrou para o MC5 substituindo Patrick Burrows antes da banda lançar seu primeiro e mais importante disco, "Kick out the Jams", de 1969. Ficou na banda até 1972, pouco antes do fim definitivo do grupo e após três discos gravados.
Tempos depois foi convidado para tocar no Destroy All Monsters onde ficou de 77 até 85. Ano do fim dessa banda também.
Teve problemas com drogas, foi preso por posse e venda diversas vezes e num desses períodos de reclusão voltou a pintar.
No início dos anos 90 foi chamado para tocar no MC5 em memória de Rob Tyner. Em 2003, o grupo voltou de vez com ele e os outros dois remanescentes, Michael Kramer (guitarra) e Dennis Thompson (bateria). No vocal foram várias as vozes: David Vanian (The Damned), Lemmy (Motörhead), Ian Astbury (The Cult), Nicke Royalle (Hellacopters), Evan Dando (Lemonheads), Lisa Kekuala (Bellrays), Deniz Tek (Radio Birdman), Mark Arm (Mudhoney) e desde 2005 contavam com Handsome Dick Manitoba, do Dictators. O grupo com Mark Arm tocou em no Brasil no Campari Rock em 2005.
Michael chegou a sofrer um acidente de moto em 2006 e nesse mesmo ano lançou junto de sua mulher o "The Music is Revolution Foundation". Uma organização sem fins lucrativos de apoio a educação musical em escolas públicas que acreditavam que isso aumentava a habilidade cognitiva, o aumento na pontuação escolar, redução da ociosidade e de taxas de abandono e inspirava no jovem o saber de outras culturas, outras eras e um enorme entendimento do mundo ao redor e a expressão de si mesmos pela música. Um puta trabalho legal.
Michael Davis deixou seu recado. Tomara que ainda seja ouvido por anos e anos.
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