segunda-feira, 18 de julho de 2011

Geoff Tate: "(Rock) está praticamente morto"

Apenas duas perguntas mal traduzidas aqui em que o vocalista do Queensrÿche, Geoff Tate abre seu coraçãozinho para falar do último disco da banda, o "Dedicated to Chaos" e mais umas groselhas minhas no fim. Esses trechos - apesar da entrevista para a Classic Rock - aparecem nas páginas do Blabbermouth.
Classic Rock: Você chama (o disco "Dedicated to Chaos") de gravação para headphone.
Geoff: Essa é a forma que as pessoas escutam as músicas agora. As pessoas de hoje estão plugadas entre seu iPod e o fone, escutando as músicas o dia inteiro. Não, eu não tenho saudades dos dias em que os amigos ficavam sentados ouvindo vinil. Eu não sinto muitas saudades do passado. Amo essa era que vivemos. Todos os dias há algo novo para envolver nossas cabeças. Quero manter-me abraçado às novas ideias, tecnologia, trabalho de arte, literatura, filmes. Se você parar de fazer isso, seu cérebro começa a ficar preguiçoso.
Classic Rock: Músicas como "Wot We Do" parecem com hip-hop. Fãs de rock podem lidar com isso?
Geoff: Bem, eu acho que deveriam. O rock está praticamente morto. Se você ver os números, definitivamente ele não é mais a música dos tempos. Se quer continuar, as bandas devem abraçar novas ideias. Tem um monte de elementos do rock que, mentalmente falando, é meio 'idiota'. Como toda aquela 'chunk-chunk-chunk' progressão de guitarra - essa coisa que você toca quando está aprendendo esse negócio. Você espera que as bandas ultrapassem disso. 
Bem, quem sou eu para falar alguma cousa não é? Já fui tachado aqui mesmo, no meu blógue, de cara que não conhece nada de música porque chamei David Gilmour de quadrado e não retiro a frase, mas tenho que comentar o que acho dessas palavras.
Gosto de apenas um disco do Queensrÿche, o "Operation: Mindcrime". Lembro de ter ouvido a música na casa de uma antiga amiga e ter enlouquecido com a melodia de "Eyes of a Stranger". O disco, passei mal de tanto que o achei fantástico. Até hoje o tenho e ainda comprei outro, o "Promised Land" que achei um saco, enjoativo, ruim, apesar da capa bonita e só. Nunca mais comprei nada.
Essa entrevista mostra o quanto Geoff se preocupa com quem foi aqueles que ouviram sua voz e compraram seus malditos discos. Não vejo como algo bacana ouvir uma música solitariamente e vejo, sim, com muita saudade os tempos em que ficávamos horas ouvindo e discutindo o que aquelas bolachas estavam lançando nos auto-falantes. Concordo em quanto devemos nos manter em sintonia com as novidades e técnicas da vanguarda mas sem esquecer do passado.
O rock está praticamente morta há décadas, principalmente nas memórias dos músicas perdedores, que não conseguem emplacar um único single por mais de um mês nas paradas. Claro que isso pode ser discutido e que muito mudou na indústria desde as bandas até como elas são colocadas nas tais paradas. Desculpem, mas se nem a música erudita, clássica deu sinal de falência múltipla dos orgãos e metais, o que dizer de todo e qualquer gênero musical que ainda existe? "Chunk-chunk-chunk"? Isso é algo que eles tem mais medo de fazer e não porque é idiota ou tolo mas porque sua competência para isso cai de encontro ao desespero inútil de inventar algo novo que é tão bom, mas tão bom que apenas eles parecem entender as baboseiras que gravaram. Desculpem fãs dessa banda. Adoraria acreditar que Tate falou isso na brincadeira, na ironia, mas eles são tão chatos que qualquer cousa que soe brincadeira é uma verdade disfarçada de bobagem.   

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