16 meses de cana para Gilmour

Um ano e quatro meses, foi a condenação por comportamento ofensivo dada pela corte inglesa para Charlie Gilmour, filho adotivo com cara de quadradão do quadradão David Gilmour, do Pink Floyd.

Pois é. Pego em dezembro passado pelas câmeras trepado no mausoléu dos militares que morreram em combate na Segunda Guerra que fica em Whitehall, o jovem e milionário estudante secundarista no curso de história pela Girton College de Cambridge vai passar 16 meses por "desordem violenta". Também foi visto botando fogo em papel próximo da suprema corte, chutando as janelas duma loja de roupas e carregando a perna de um manequim. Tudo por uma causa relevante para o universos deles, estudantes: o aumento das taxas universitárias. Imagino que ele foi levado a fazer isso porque sentiu uma profunda necessidade de ficar ao lado dos alunos oprimidos pela taxa cobrada. Se for o contrário, é porque ele não passa de um idiota mimado e alienado.

Na corte de Kingston, foi mostrado ao juiz Nicholas Price as imagens e o garoto soltando o verbo com frases de cunho altamente político: "Comeremos fogo e gelo e destruição porque estamos com raiva, uma puta raiva. Nos recusamos a fazer tudo que nos falam. Eles quebraram a lei moral e vamos quebrar todas as leis. Incêndio Culposo ("Arson" - ??)!" Ainda foi dito que o rapaz bebeu uísque e tomou LSD e Valium antes da zona toda. Charlie ficou embaraçado com toda certeza já que foi para a corte ao lado de David Gilmour, de sua mãe e com o mundo atento.

Como desculpas, o advogado de Charlie alegou que isso tudo começou porque ele não conseguiu ter um maior contato com seu pai biológico, o escritor Heathcote Williams. Isso o deixou triste, desolado, chorou, chorou, chorou, blá, blá, blá, xapou, bebeu várias, blá, blá, blá e que ele é um bom garoto. Tanto que ele, Charlie, disse que aquilo de balançar no memorial, além de não saber de sua história (Hmmm...) foi "um momento de idiotice" e estava arrependido.

O juiz meio que aceitou a merda feita mas não deixou passar o desrespeito pelos mortos: "Tal comportamento ultrajante e profundamente ofensivo nos deu uma clara indicação de como fora do controle você estava nesse dia."

A história toda que você viu apareceu no Guardian e no UOL também.