quinta-feira, 10 de março de 2011

Lido

(nem frio nem quente) Faz cousa de uns dois meses que li esse livro e só agora me coloco para falar algo sobre ele.
No caso é "As Melhores Entrevistas da Revista Rolling Stone" (Autor: Jann S. Wenner e Joe Levy, Editora Larousse, 448 págs.).
Cara, quando vi pela primeira vez, chorei. Meu Deus! Isso vai ser louco de ler! Dentro dele há 40 entrevistas com figuras totalmente distintas mas que mostra a cara de como a Rolling Stone queria não apenas fazer parte de uma mídia especializada em música, mas também de tudo que estivesse ao redor seja no mundo da política ou do entretenimento, no mundo da arte ou no mundo das letras, da humanidade.
Em ordem cronológica do provável sucesso da revista e com os músicos Pete Townshend (The Who), Jim Morrison (The Doors), John Lennon (The Beatles), Brian Wilson (Beach Boys), Ray Charles, Neil Young, Eric Clapton, Tina Turner, Axl Rose (Guns n' Roses), Kurt Cobain (Nirvana), Courtney Love (Hole), Patti Smith, Bob Dylan, Eminem, Ozzy Osbouner e Bono Vox (U2); jornalistas como Truman Capote, Hunter S. Thompson, Tom Wolfe; produtores de filmes e música do naipe de Phil Spector, George Lucas, Spike Lee e Francis Ford Coppola; figuras do cinema tipo Jack Nicholson, Clint Eastwood, Robin Williams e Bill Murray;  gente da indústria do entretenimento como Davis Letterman e David Geffen (criador da Asylum e Geffen Records além de fundador da DreamWorks) e líderes do quilate de Bill Clinton e Dalai-Lama.
Assustador, pensei: vou tremer de felicidade mas, lendo de vez, senti apenas uma marolinha...
Sim. Tem claro entrevistas ótimas, horríveis, estranhas mas isso é dependendo do estado de espírito. Ozzy, Hunter Thompson, Keith Richards, Dylan e Nicholson são ótimas; John Lennon achei horrorosa, como se fosse Deus e seus séquitos - no caso Yoko Ono - e o mundo; Pete Townshend, Robin Williams e Brian Wilson, Cobain e Love são estranhas com cada caso em particular e assim vai.
A grande tragédia desse livro ao meu ver são duas: a primeira é que essas "melhores entrevistas" não parecem estar completas. Parece faltar partes & peças. Uma foda que parece não ter sido suficiente. Um download incompleto, saca? Se o problema são a páginas, acredito que a redução dos artistas, de 40 para, sei lá, 20, daria maior resultado. Isso aconteceu num outro livro fantástico que li chamado "José Hamilton Ribeiro - O Repórter do Século" em que algumas matérias não estão em sua totalidade.
A segunda é a tradução. Parece literatura antiga, como se nenhum daqueles entrevistados lançassem alguma frase de impacto. Tradução certinha. Lembra um tipo de medo de extrapolar na transcrição sendo que nesse livro deveria, sim, extrapolar. Não vejo muitos deles falando de um jeito exageradamente correto com a língua, digo, utilizando as normas coloquiais e verbos exatamente como os ancestrais, principalmente quando as matérias emergem no fim dos anos 60, transgressões juvenis, Vietnã, Nixon, geração X versus baby boomers, rock'n'roll... duvido que a maioria desse pessoal falaria como lordes.
Mas não é por minha causa que você não deve ler o livro. Você pode adorar, achar que eu falei besteiras demais, que não entendi profundamente a ideia da colocação das entrevistas, a tradução, ou seja, Alê, por qué no te callas?

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