quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Coreia do Norte e Eric Clapton: um caso de amor

(trovoada na tarde passada, azul de manhã igual de ontem) Saiu em um monte de jornais que uma emissora da Coreia do Sul mostrou o filho do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-sho, assistindo em Cingapura a um show de Eric Clapton, do qual é fã de carteirinha.
Não sei o porquê da perseguição. Só por que o rapaz é filho de um ditador onde seu país é proibido de ouvir música ocidental e a internéte é vigiada, assim como todos os passos de seus moradores/visitantes? O cara curte rock e, por causa dessa "rebeldia", é considerado pelo seu pai, "Estimado Líder" e mestre dos magos, "afeminado demais" para exercer qualquer poder na linha de sucessão. Nem ele nem seu irmão mais velho que foi flagrado com passaporte falso entrando no Japão para curtir a Disneilândia nipônica. Imagina! "Filho meu vendo Mickey Mouse, aquele ser yanke de nossa potência inimiga, com seus tentáculos capitalistas, sua liberdade, seu hot-dog e seus canais de filmes pornô em pay-per-view! Nunca!" Na sucessão do momento está o filho mais novo, Kim Jong-sun, que parece ser a cara e o orgulho do pai.
Mas estávamos falando do mano sho. Tarado por Eric Clapton, viu (ou foi visto vendo) o cantor pela primeira vez  na Alemanha, em 2006.
Tem um negócio muito louco que Julian Assange e seus heróis do WikiLeaks levantaram: em 2007 (apesar de os jornais brazucas, que pegaram a matéria da agência EFE, dizerem que foi 2008, então deixo os links) as autoridades do país de chon tentaram - em vias diplomáticas - convidar o cantor para tocar em Pyongyang, o que seria um "gesto de boa vontade entre os países" e como a Coreia do Norte proibe qualquer tipo de música ocidental, eles abririam uma exceção para Clapton embarcar sem ser importunado. Não deu certo, apesar de Clapton chegar, a princípio, em concordar fazer um show 2009.
Não será dessa vez que o povo verá algo de fora de suas muralhas verbais, sonoras e visuais. 
Achei também um negócio interessante. Na página eletrônica da revista Piauí, tem uma matéria muito bacana de um funcionário do alto escalão do ditador que tentou fazer um show de rock no país. Não sei em que pé ficou mas que é fascinante esse "mondo rock" que a gente vive, é.

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