O Noitão do Belas Artes

(será que vai esfriar?) Acho que dos moradores daqui de São Paulo S/A , que tem um blógue mais ou menos, uma Rede Social e que gosta de filmes, o único Inútil que não deu um espaço sobre a despedida do espaço Belas Artes fui eu. 

Um erro crasso, daqueles Imperdoáveis. Podem açoitar, eu mereço tal sentença assim como mereceu O Bandido da Luz Vermelha.

Talvez seja porque eu nunca assisti um filme lá. Não Estou Lá em nenhum momento. Nunca Te Ví, Sempre Te Amei. Sempre gostei dele, de vê-lo de fora ao passar na sua calçada ou vendo da janela do carro. Sinto que devo isso não ao local, mas muito a mim. 

Vejo as pessoas tristes com o Início do Fim. Não bem um fim, mas um "Até logo", já que André Sturm - sem esquecer Os Outros por trás dessa empreitada - que disse no programa Metrópolis que vai, sim, encontrar  Um Lugar Qualquer para reabrir o Bela.

Para esses curtos dias, o último dia do "Noitão" vai apresentar cinco pusta filmes (apesar de eu só conhecer quatro!): "Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão", "Nikita", "Cães de Aluguel" e "A Festa Nunca Termina". Ah, tem um filme surpresa e, no fim das apresentações, um café da manhã para os sobreviventes seres de olheiras.

O possível fim do cinema de rua, assim como todas as outras cousas da rua vão sumindo aos poucos. As ruas à noite se transforma em ruas desertas, vazias, quiçá perigosas. Ruy Carlos escreveu um artigo fantástico sobre esse assunto, no qual outro fera, o Luis Nassif reproduziu e que deixo aqui linkado (desculpe-me aqueles que reclamam de que os links não abrem em uma nova janela. É que não consigo achar como mudar esse negócio, se é que tem como).

A Vida é Bela, sabemos disso, e parece que o Conpresp vai votar nessa terça se tomba o espaço, ai quero ver quem é que vai falar com o Flávio Maluf (não os das galinhas) de que seu local não vai mais virar uma loja qualquer.

Boa sorte para todos.