
(continua bacana... lá fora) Eu sabia que não veria um clássico nem um vencedor de alguma Palma de Ouro no futuro. Talvez um Oscar por efeito visual ou sonoro, mas tive que assistir meio que não esquentando a cabeça com algum exagero possível do filme. Não deu.
Olha, eu, quando criança, assisti na Tevê o primeiro longa dos Transformers de 86. Fazia parte de uma ponte entre a segunda e terceira temporada e era a cousa mais esperada do ano, pelo menos para mim. Até hoje compro e ganho esses malditos robozinhos.
Quando avisaram que planejavam uma versão "natural", me preocupei. Não podiam destruir o passado de uma criança com um filme estúpido, como Maurício de Souza o fez quando decidiu crescer a Turma da Mônica. Tá certo que era Michael Bay o diretor escolhido mas e daí?
Apareceu o clipe da Citroën como uma prévia. Começou bem. Então, chegou o filme, que até manteve a criança intacta e assim continuamos a vida.
Mas saiu a segunda parte da trilogia.
Transformers: A Vingança Dos Derrotados (Transformers: Revenge Of The Fallen - 09), acontece na época em que Sam Witwicky (Shia LaBeouf) cresce, vai fazer faculdade e quer virar homenzinho independente. Os Autobots agora trabalham secretamente para o governo depois daquela pusta zona do primeiro e, aliás, como é que podem chamar de secreto algo que faz um barulho dos diabos? Bem, cousa de filme.
Sam pega uma antiga jaqueta encosta os dedos num pedaço que restou do Allspark e ferrou tudo. Todos os dados para a chegada e localização de um Decepticon maior estão agora na cabeça do rapaz. Aí é a pancadaria até o fim do filme.
Bitcho, o primeiro tinha tanta agressão contra as pessoas? Caramba! São mortas de todo o jeito e os robôs detonam outros robôs com uma crueldade que só um psicopata ou um negócio feito de metal fariam. Isso sem contar a linguagem e...
...uma pausa aqui.
Olha, não estou dando uma de moralista, de que isso é horrível para as pobres crianças que assistem nem nada. Por mim poderiam colocar até umas putarias umas torturas mais pesadas. Só me é curioso isso acontecer com um filme entre o bem e o mal onde a única diferença e que os do bem não matam gente. De resto se matam, destroem tudo ao redor e tudo que eles falam me cheira a hipocrisia. Muito esquisito.
E os protegidos dos robôs? Cara, se os tombos e porradas deles fossem sérios, não haveria um Witwicky para contar a história. Voou numa porrada uns 30 metros, deu uns gemidinhos, passou a dor. A micagem dos atores coadjuvantes está mais baixa e boba e Sam corre pra lá e pra cá com a linda Mikaela Banes (Megan Fox) e berra bem... BUMBLEBEEEEEE. OPTIMUUUSS.
Tirando essa cousa mais boçal que como disse, oras, é só um filme pipoca onde tudo pode acontecer e dane-se o que acharem tem outros negócios que reparei.
Entre elas o gráfico. Já é complicado colocar um robô daqueles inserido digitalmente passando por uma série de processos, sombras e afins para ficar fiel para nossos olhos. O primeiro filme é fantástico, já nesse reparei falha em sombras, travamento e outros errinhos que já me deixaram meio enfadado do filme, sem contar que neste robô sente dor, robô respira (a cena da fumaça no frio dói a barriga), robô chora e tem sentimentos. Que decepção.
A ação é sem comentários, John Turturro é o cara e Alice é uma robozinha hmmm... Só.
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