segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cat Power em São José dos Campos

(Segônda) Era o que, umas duas da tarde? Foi por aí que começamos a jornada num dia frio e com uma garoazinha bem fina. Mais uns minutos e entrávamos na Dutra. Pista sossegada e sol se abrindo forte e quente, nada tímido adiante. Passa um, dois três túneis e outros três pedágios. No último a mocinha nos dá uma revistinha com toda a programação, seus horários e endereços. Muito importante.
93 quilômetros de estrada depois, vê-se a placa "entrada à 500 metros". Chegamos na cidade de São José dos Campos. Encontrar o Parque da Cidade (Parque Municipal Roberto Burle Marx) foi fácil por causa das placas turísticas. Nem precisávamos mais da revistinha. Fácil também, ao chegar no parque, de encontrar uma vaga para o carro. Era coisa de umas três, quatro horas da tarde que descemos do carro para nos prepararmos para ver Cat Power na cidade e que tocaria lá pelas 5 da tarde.
Pouco conhecemos a cidade. Demos uma andada para conhecer as proximidades e encontramos um posto de gasolina bem à frente. Bem, um posto geralmente quer dizer que existe movimento por perto e lá havia uma bacana lanchonete. Conversamos com um pessoal.
Nas redondezas deu para tirar umas fotos. Acho que preciso fazer um fotolog ou algo parecido mas não sou um bom fotógrafo. Sorte que nos dias de hoje, a máquina digital permite que você veja as cagadas que faz. Assim, não paro de disparar porque sei que de centenas de fotos uma dezena sairá legal... na medida do possível. Um pôr-do-Sol pouco visto e mais um disparo, dois, três. Apesar de o local estar cheio não parecia estar no seu limite. Dava para caminhar tranquilamente mas se quisesse ficar próximo do palco, aí teria de se apertar. Às vezes me arrependo de não fazer isso. Poderia pegar umas imagens legais mas são escolhas que não se pode mudar mais. Conforme-se.
O som da Cat Power é intimista. Parece um dia depois da ressaca de corno. Melancólica e parece dizer que sofre por alguém ou alguma coisa. A plateia observa, calado.
Tem vezes que solto uns urros quando aparece aquela nota mágica, aquela tensão repreendida na música que estoura ou aquele fim - ou início - das frases quase sussurradas, doídas.
Ela parece gostar apesar de que minha distância com ela seja razoávelmente longa. Ela está no canto direito e eu me encontro do lado esquerdo e quase não saio de lá.
No finzinho, Cat começa a tocar umas músicas mais animadas na bateria. "I Wanna Be Your Dog", dos Stooges. Percebo, talvez, um Morsheeba mas não lembro qual música.
Acaba o som. Vejo uns metaleiros berrando "isso não é róque".
Retornamos para a lanchonete, comi uma sopa e retornamos ao carro para zarpar. Chegamos em Sumpaulo. Tomamos umas cervejas e, na tela, "Pânico na TV". Estamos de volta mesmo.

2 comentários:

  1. Mas é claro que não é rock!! É folk!! rsrsrs

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  2. É verdade, Hellen.
    O interessante da palavra é que percebi que muitos que estavam alí esperavam uma Cat Power "diferente". Foi um grito de indignação de um rapaz que, com certeza, nem chegou a ouvir as músicas dela antes. Senti uma certa empatia pela frustração dele e obriguei a não esquecê-lo.
    Valeu pelo post.

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