30, 60, 90, Malcolm & Farrah

("suspiro") Fazia pouco tempo quando, ontem, ouvindo a radio, soube da morte de Malcolm McLaren, o cara que foi o precursor do movimento e estilo punk britânico e criador dos New York Dolls e Sex Pistols. Gostando ou não, Malcolm foi uma figura de grande valor para a história da música e ninguém pode negar.

Morreu aos 64 anos.

Como voltava cansado do serviço, fiz uma pequena mensagem no órcute, bem no estilo "subversão adolescente" que tanto fez parte das estruturas de estilo de Malcolm e Vivienne Westwood. Lá estou eu zapeando os canais quando começava o documentário "Farrah's Story" (09) sobre os últimos dias da pantera Farrah Fawcett.

Inicialmente me peguei perguntando como alguém que reclamava do assédio dos paparazzi poderia então viver com uma câmera para relatar seus medos, dores, pensamentos quase que diariamente. Parecia-me confuso essa troca de seis por meia dúzia. No fim vi que o documentário servia para mostrar não só o sofrimento de quem tem câncer, mas, também, a coragem, a força de enfrentar os meandros, as idas e vindas e não baixar a guarda mesmo nos piores momentos. Triste e belo trabalho. Fawcett morreu aos 62 anos no mesmo dia que Michael Jackson.

As idades muito próximas me fez pensar que temos três idades distintas que começam a cada 30 anos. Estou em meu segundo momento, portanto, tenho novamente três anos. 1/3 de minha vida se foi. Acredito que as duas primeiras são mais difíceis de chegar. Quando chega-se a terceira, a chance de completá-la é complexa. Não depende de saúde, forma de viver ou pensar. É uma incógnita.

Eles chegaram na terceira e morreram jovens. Ela aos dois e ele aos quatro anos de idade, mas dos mais bem vividos e inesquecíveis.