sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Eu assisti

(Isso é que dá alugar filmes!)"Permitam-me ser franco neste começo. Você não vai gostar de mim.” De início, você se prepara para tomar uma porrada cinematográfica. Respira fundo e lá vamos nós.

Hummm... sinto que estou vendo um filme fraco. Putarias. Quem se preocupa hoje com isso... eu não, principalmente depois da cena de coisa de cinco minutos de estupro que rola no filme de Gaspar Noé, “Irreversível” (Irréversible - 02) e não me choca ver peitos, bundas e mais nada. Até aí, ainda tudo bem, mas estou falando de “O Libertino” (The Libertine – 04). Único filme do designer e diretor Laurence Dunmore.

A história que passa numa suja - como tudo era na Europa no séc. XVII e em outros lugares – Inglaterra governada pelo rei Charles II (John Malkovich) que traz depois de algum tempo trancafiado o poeta, escritor e, o tal libertino, conde de Rochester (Johnny Depp) que é um poeta e escritor sacana apaixonado pelo teatro e por sexo – tem até um cara que trabalha para o conde chamado Alcock (Richard Coyle)! – para fazer uma peça definitiva sobre o reinado inglês.

O início era um porre total sem nenhuma novidade depois de passado o inicio instrutivo e contado pelo próprio Rochester. Uma brochada total.

Não sou um Rubens Ewald Filho ou um senhor crítico de cinema, mas gosto muito dessa arte, de sua técnica então não achei muito interessante o esquema de câmeras que desfocam, tremem e caminham próximo ao ator num plano longo como aparece quando Rochester está no Parlamento, apesar de ter uma pequena cena que ocorre quando Charles II está prestes a achar o fugitivo conde e, atrás dele, se vê um de seus cachorros dando aquele barro que é inesperada de verdade. Posso estar fadado a ser chamado de ignorante mas não me importo, como o personagem também não se importava com as criticas dizendo até que havia dois críticos: os ignorantes e os invejosos. Pesado.

As atuações também não animam o filme. Deixa tedioso. Ninguém manda bem e olha que falamos de Depp e Malkovich!

Mas, sempre tem um mas, passa-se a metade do filme e aí parece que a coisa anima. Filme geralmente é assim. A primeira parte e a segunda parte, pois então, a segunda parte muda a coisa e Depp apavora na atuação com seu conde enfermo. Lizzie Barry (Samanta Morton) idem. Todos, aham, quase todos.

Seu fim é seu medo de morrer, morrer ateu e odiado. Muda um pouco meu tom inicial e começo a pensar que o filme não é tão ruim assim. É até interessante, principalmente quando se vê que “O Libertino” é dedicado em memória de Mary Selman (quem será?), Marlon Brando e Hunter S. Thompson e só.

“Gostam de mim agora?”

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