segunda-feira, 4 de julho de 2011

No fim, o que vale é a lembrança

Acabei de ver no sítio NME que Ray Manzarek e Robby Krieger, tecladista e guitarrista do extinto The Doors, apareceram no cemitério francês de Père Lachaise, onde está enterrado o pinguço do Jim Morrison, para render-lhe homenagens, silêncio e acender umas velas quando fez 40 anos da morte de seu vocalista.
Sabe-se que ao mesmo tempo quando a banda estava junto, tocando, fazendo um pusta dum sucesso ao mesmo tempo se deteriorava pelos excessos de ingestão alcoólica e de outras cousas que Morrison usava. 
No final, parece que deixamos de lado as rusgas. Por mais que tenha nos afetado tais atitudes - no caso da banda as presepadas que Morrison gostava de fazer para ter atenção - com o tempo isso acaba se tornando uma lembrança que por mais que seja horripilante ou ruim, traz para a tona a saudade de um passado junto com aquela virilidade jovem, as loucuras, os ensaios, a amizade.
Vendo a imagem pensei muito sobre isso. Raras são aquelas pessoas que levam para a tumba o rancor ou o ódio por alguém. Geralmente desculpamos os erros alheios. No fundo, somos boas pessoas, gente legal. Pode demorar anos, décadas, que uma hora não conseguimos deixar aquela marca negra estragar nosso sono, nosso pensamento ou nosso fígado. Um abraço, um copo de cerveja, pode amenizar anos de diferenças pessoais. Às vezes a amizade até se fortalece, pois não.
Como eu disse, somos legais, boa gente. Bobagem esse negócio de rancor. 

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