terça-feira, 22 de março de 2011

Alice Cooper em junho no Brasil

(eu de manga comprida no sol) E o xarope Vincent Damon Furnier e seu alter ego e novo integrante do Rock and Roll Hall of FameAlice Cooper confirmaram na página oficial as datas para a vinda da banda no Brasil. |Inicia em maio, dia 31 de maio em Porto Alegre no Pepsi On Stage, dia 2 de junho em Sumpaulo no Credicard Hall e dia 3 em Curitiba no Master Hall... Viva!!
Sim, pessoas, o show desse cara é um dos mais legais de se ver. Não é apenas canhão de luz, fogo, coreografia e telões de alta definição 3D. É mais! Tem história, tem teatro e tem, claro, Alice Cooper. O doido saído do sanatório cheio de enfermeiras gostosas, médicos sádicos, banhos de sangue e eletrocuções. Uma maluquice que até tem sua certa inocência mas que remete ao seu mundo de uma maneira divertida e irônicamente tosca. Vale seu gasto, afinal são 25 discos lançados em mais de 40 anos de carreira cheia de altos e baixos. A apresentação vem com a turnê do álbum "Along Came a Spider" lançado em 2008 com direito até a um curta/clipe que aparece abaixo.



Eu assisti um show do cara no fodástico Monsters of Rock de 1995. Esse que teve além de Alice, Clawfinger, Paradise Lost, Megadeth, Faith no More e Ozzy. 
Lembro que Alice, claro, abria o show para Ozzy, então foi aquela cousa. Tinha gente que gritava, berrava, delirava com toda aquela loucura que é seu teatro. Outro, sabe como é, nos berros de "toca logo essa pôrra!"... tudo gente educada e sã. Natural de um show.
Mas aproveitando a deixa do passado, sabe-se que possivelmente, Alice foi a primeira banda internacional a tocar rock'n'roll no Brasil. Isso lá em 1974. Exatamente dias 30, 31 de março e 1º de abril no Anhembi e dia 6 no Maracanãzinho, Rio. Quem abriu, pelo menos no arquivo que tenho em vista (dia 1º de abril) foi O Som Nosso de Cada Dia.
E parece que o caos se instalou nesse dia. "80 mil jovens" estavam no show que já começou com tumulto logo na abertura dos portões e lá vai jato de água para acalmar o ânimo do pessoal.
Só de imaginar que O Som Nosso... iniciou o show tocando "O Guarani" já dá pra ver o que vai dar.
Empurra-empurra, arremesso de comida, latinha de cerveja e "bituca acesa" no palco tudo pelo desespero ou empolgação para ver a primeira banda. A mesma banda que pedia "calma" para que o pessoal sentasse... sentar?
Fim da banda de abertura. Após 25 minutos eis que entra o "rei do rock bi-sexual" Alice Cooper tocando "Billion Dollar Babies" e pronto. Começou a guerra. O público, os seguranças, os jornalistas, os fotógrafos a PM. O palco começa a ficar nervoso, assim como Alice e todo mundo. Policial querendo sacar a arma e sendo contido por jornalistas. Aparece um PM puxando Alice de lado e pegando seu microfone para pedir calma. Olha o que estava escrito a seguir: "Alice, muito assustado com tudo, reiniciava cantando um pouco trêmulo (...) Em 'School's Out', o cantor, com um chicote, brincava de ameaçar o público. Agora, Alice estava temeroso de repetir as brincadeiras que fez em outros auditórios. Usando o gênero 'glamour-girl' (poatz!), Alice Cooper procurava apagar da mente do público o que tinha acontecido minutos antes. Ele que sempre pregou a violência (!!!), estava assustado com ela. O gênero horror que ele costuma empregar virou, nada."
Engraçado ver que o público daquela época não era acostumado com o bis. Gringo berrando "more" e a galera não entendendo nada, esse pega um agente e pede para que ele incita o pessoal a pedir mais de Alice. Não deu certo, a banda vem do mesmo jeito, tocam e vão embora na viatura da polícia. O resultado foi 200 feridos. Uma doidera.

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