sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Rock In Rio IV e uma historinha da III

(parece que chove mais tarde) E já está no ar o sítio do Rock In Rio, que volta para o RIO depois de 10 anos e seis eventos em Portugal e na Espanha.
Tudo muito bonitinho a ajeitado. Como começou a operar agora, há pouca informação mas estão adiantados. As datas estão lá: 23, 24, 25 e 30 de setembro e 1 e 2 de outubro. Tem até um contador que, na hora que acessei marcava 321 dias e 7727 horas para o início da festa. Imagens feitas em 3D para ter uma ideia de como será o local aparecem como um sonho, principalmente para aqueles que nem sabem o set list que vai rolar mas já estão empolgados e guardando seu dinheirinho em algum colchão, cofre ou cueca. Uma das imagens é a que ilustra este post.
A nova versão do tema do Rock In Rio, escrita por Eduardo Souto Neto, que também trabalhou com Roberto Carlos tem como artistas a galera que, se me perguntassem antes quem cantaria, acertaria fácil mais da metade: Frejat, Toni Garrido, Ivete Sangalo, Rogério Flausino, Ed Motta, Sandra de Sá, Pitty, Marcelo D2, Dinho Ouro Preto, Evandro Mesquita, Tico Santa Cruz, Tié, Ivo Meirelles, Zé Ricardo e George Israel. Minha pergunta: Cadê o Carlinhos Brown? E os emos? E a Claudia Leitte?
Na fuçada encontrei não um erro, mas a omissão de duas bandas que tocaram no Rock In Rio III: Halford e Iron Maiden.
Uns espertinhos poderão falar que o Iron só veio em 85, data do primeiro show. Eu digo que não, porque eu estava lá.
Sim amiguinhos! Esse rapaz aqui assistiu o show. Marcou com uns amigos para pegar o ônibus para o Rio mas o destino - e a falta de sorte - fizeram com que roubassem minha moto no dia da viagem. Vai polícia, B.O., seguro (que nunca me pagou) e os escambaus e só sai de Sumpa às 13:00 do dia do show, sabendo que a viagem dura seis horas! Me levaram para a rodoviária mas lá tinha uma cacetada de guichês com destino para o Rio. "Qual pegar? qual vai sair?", me perguntei, até que num desses guichês falou um cara "Tá indo pro Rock In Rio? Está? Então corre pra cá que o ônibus vai sair agora" e antes de eu me aproximar, ele já estava preparando meu bilhete batendo carimbo e tals.
A viagem foi uma aventura já que meio que anarquizei um ônibus fretado, o que quase causou minha expulsão ou minha ida para a delegacia mais próxima.
Era minha primeira vez no Rio então pensei em guardar minha primeira imagem e palavras sobre a cidade maravilhosa. Desci do ônibus e vi um pusta viaduto gigante. Minhas palavras foram: "Poatz! São Paulo!"
Consegui achar o circular que levaria para a Cidade do Rock fácil e peguei uns detalhes do ônibus que não sei se existe ainda: alças para colocar pranchas de surf e a entrada de passageiros sem camisa.
Como já era noite, não vi nenhum cartão postal da cidade. Nada de Cristo, Pão de Açúcar, Lapa, nada. Só o luminoso do Barra Shopping.
Desço do circular com pressa já que boa parte do show eu já perdi, mas deu tempo de comprar, aliás fui convencido a comprar uma cerveja por conta de um carioca com uma simpatia que acho que enriqueceu depois desse dia.
Acabou a cerveja, cheguei na entrada e, de dentro de algo parecido com meio planeta, uma oca azul, o barulho de um coração batendo. Seria o meu?
Um pusta dum negócio gigantesco. Acredito que bem maior que o SWU. Não fez cinco minutos que estava lá e uma amiguinha do interior me encontrou no meio da multidão e no escuro. Vi o palco e lá estava terminando o show do Sepultura. Uma pena mas dei sorte de ver Halford e o Iron Maiden.
Foi uma noite bacana e bem cansativa. Quase fiquei para o outro dia que tocaria o Red Hot Chilli Peppers, uma dessas bandas que a gente nunca viu e que meio que vira obrigação ver pelo menos uma vez. Meio porque hoje já desencanei deles.
Na volta, encontrei um dos amigos que havia marcado para ir junto perdido na rodoviária.
Perdi a moto mas não o show e... cara, começo a perceber que em todo grande show sempre perco alguma cousa...
Oras, e daí?

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