terça-feira, 27 de julho de 2010

Sábado & Domingo

(pensei que teríamos sol) Sábado. Havia marcado com meu irmão para irmos a Paranapiacaba assistir ao show da Tulipa Ruiz, só não contava com o telefonema dele dizendo que eu deveria chegar lá uma 14:00.
Saio do serviço às 13:00, no Morumbi.
Claro que devo ter feito um caminho longo, mas era o que eu conhecia. Do Morumbi para as Clínicas/Clínicas para Vila Mariana/Ônibus até a estação Ipiranga/Da estação para Rio Grande da Serra - isso sem antes fazer uma baldiação inesperada para continuar o percurso -, chegando lá para pegar mais um ônibus. Devo ser um ignorante na arte da viagem mas depois de quase cinco horas, cheguei na cidade.
Sem antes lembrar que, assim que desci do trem, encontrei, aliás uma galerinha que estudou na mesma faculdade me encontrou. Uma cervejinha antes de pegar o busão, por favor. Mais uma cervejinha...
Cheguei, enfim, coisa de umas 17:00 numa cerração monstra. Saco a máquina para tirar umas fotos e não paro mais. Cada canto é um flash.
Descubro uma cachacinha com cambuci. Boa a dose. Converso com o seu produtor que vive há 30 anos numa casinha ajeitadae com uma bela vista no início da descida para a parte baixa da cidade. Aposentado, vive de brisa. Tem três casas por lá e tem paixão por ferromodelismo. Sêo Moreti (lembrei, há!) tem os cabelos encaracolados parecidos com aqueles que enfeitam os de Cauby Peixoto.
Continuo a viagem, mais fotos a cada metro, atravesso a ponte, procuro o posto de informações para saber onde fica o tal Lyra, a moça simpática me mostra, eu me perco na cidade. Volto para a mesma moça que me atendeu sem antes ser motivo de chacota. Tudo bem, eu relevo.
A cerração volta, quase não dá para enxergar. Pergunto sobre o local para outra pessoa e ela diz que estou próximo. Vejo uma fila e já me vejo ferrado. O celular toca. "Alê, o show acabou. Onde você está?", pergunta o Foca, meu irmão.
Estou próximo. Não sei exatamente onde, mas perto de um galpão arrumado e que tem uma pracinha ao seu lado e uma puuuuta fila.
Eles, meu irmão e sua mulher, me encontram. Conto o que houve e me perguntam se não quero conhecer o local onde rolou o show, só para tirar umas fotos, saber onde fica e...
"Mas onde fica esse Lyra?"
O tal Lyra era o tal galpão com a pracinha. Tirei fotos do local e de um possível local.

Domingo, dia de corrida, de ver o velho e assistir ao show do Fishbone. Esperei a carona no mesmo buteco que frequento há anos.
Perguntei para um amigo sobre o local do show, o Carioca Club. "Cara, adorei o lugar. Espaçoso e blá, blá, blá..."
Chegou a carona. Encontramos outros conhecidos. Entrei antes porque queria ver as bandas de abertura. O pessoa queria fazer um esquenta do lado de fora e estavam mais interessados em ver a banda principal.
Bom lugar, bastante espaço, um local para fumantes sem ter que sair do local. Gostei.
Ví Yo Ho Delic que não assistia desde muito tempo. Tinha pouca gente vendo a apresentação.
Subi para fumar, conversei com uma galera que estava animada para ver o Fishbone. Fumamos.
Não lembro o preço da cerveja, mas tive que pagar adiantado. Pedi quatro e recebi um cartão com o logo da casa.
Chegou a vez da banda. Nos primeiros minutos reparei que foi um dinheiro bem gasto. Que banda, que banda.
O vocalista, Angelo Moore não para e o povo também não. Moshes acontecem, todos estão felizes. "Everyday Sunshine", "Ma and Pa", "Let Dem Ho's Fight", "Freddie's Dead", foram algumas das músicas tocadas.
É interessante observar a interação banda-público num show como esses. Parece que ambos se conhecem. Qualquer nota é um urro de felicidade, um refrão é o suficiente para esticamento de braços e berros.
Interessante ver também que, sabendo que o preço das bebidas dentro do local seriam mais caras que do lado de fora, o pessoal prefere deixar de ver as bandas de abertura para terminar ou aumentar seu "esquenta". Uma pena o sacrifício que é dado em prol do álcool e, sem perceber, contra bandas que tenho certeza que se mataram de ensaiar para valer o mérito de abrir para uma das bandas clássicas e especiais.
Vou começar a fazer meu esquenta cada vez mais cedo depois de pensar sobre isso.

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