terça-feira, 5 de maio de 2009

O show. O final

Pois é. Hoje é terça-feira e a tal V.C. acabou no domingo. Eu estou meio apertado com uns negócios da vida (e quem não se aperta?) mas não deixei passar isso não.

Apesar do pouco dito sobre as bandas de sábado, faltou alguns pontos bem
lembrados no blógue de meu camarada Jesus. A sujeira foi nervosa mesmo. Na Folha de São Paulo disseram que havia menos garis e o pessoal para fazer a limpeza total demorou para aparecer. Em compensação havia muito mais banheiros químicos do que no ano passado.

Violência... indo para a República, Henrique, meu amigo,
reparou na conversa de dois figuras. Um foi e disse algo assim: "Aí, manera no assalto que hoje é festa". Tirando isso, que já é de uma agressão ferrada para os ouvidos e intensões, não posso dizer mais nada. Não ví, mas Jesus viu, e não foi assim, pouco. Quatro milhões de pessoas. Impossível um controle ostensivo. Faltou sim uma conscientização maior. Foi mancada mas se aprende.

Dessa vez a chegada foi tarde e tempo necessário para me cuidar do dia anterior. Cheguei por lá umas 15:30. Observei o som do Clash Collective no Páteo do Colégio mas bem breve. Não tinha muita gente assim como também não tinha no Largo São Bento que estava com o som hip hop de Heron. Talvez o frio e a ressaca paulistana tenha feito muita gente ficar em casa, sem falar na final do Paulistão com Corinthians e Santos.

Na real, ví apenas duas apresentações no domingo por causa do pouco tempo. Duas grandes apresentações.

A primeira, de frente à praça do Correio e fazendo parte do ano França-Brasil, a Compagnie Beau Geste apresentando a emocionante coreografia Transports Exceptionnels. Uma pôta coreografia, suave, forte acompanhada ao som de Maria Callas. O francês que contracena com a retroescavadeira, Philippe Priasso, passa uma sensibilidade torturosa. A paixão, a dor entre o dominado e o dominador impressiona qualquer um. Uma moça, professora de matemática, me disse que estava alí por causa de seu sobrinho, que olhava admirado o show. Uma pena não haver a apresentação completa para você ver e a que está linc(k)ada não é daqui. Lá usaram um retro McFen. Aqui, a famosa Caterpillar.

Começa aqui, no fim da apresentação, minhas encanações. Será que a República estaria tão cheia quanto ontem à noite? Para a minha felicidade e do pessoal que estava lá, assistir o Central Scrutinizer Band junto, depois de 12 anos, com Ike Willis, o "Big Voice" de Zappa foi a grande escolha, sabendo que no show da Maria Rita o negócio estava meio, aliás, muito cheio de gente. Aqui uma palhinha deles no programa "Radar", do Showlivre.




Pô, o Central é a única banda cover abençoada pelo próprio Frank Zappa, um cara estupidamente virtuoso e que chegou a estudar música com Julio Medaglia. Músicalmente arrebatadora e com as letras mais ácidas possíveis era certeza de um bom final de Virada Cult... ops V.C.!

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